sexta-feira, 6 de março de 2009

A força não vem da dor, vem do todo

Fernanda escutou: 'Ah, esse aqui é só pra você'
Fernanda perguntou: 'Por que acha que só eu tenho condições de possuir?'
Fernanda escutou: 'Olha o tamanho dos seus ombros. Mais ninguém aqui tem ombros parecidos'
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Fernanda pensou: É tua década de análise. Você não tem medo de baratas, nem de amar. E ela viu! Ela me viu de verdade! Mas porque 'ombro'? Podia ter sido calos. Ah não, não podia. Era da força que ela falava... da força de eu ser mais próxima do inteiro que consigo.

sophia e o amor ou sophia e as baratas

Sophia precisava que dissessem tudo com brutalidade: era teimosa. Teve carinho na infância, pensava que amar era fácil.
Não queria ter filhos.

No caminho pra casa olhou distraída a vida. Sentia-se livre e satisfeita com tudo o que via.
Topou com uma barata, uma não, muitas! Seu medo de baratas.

'Merda! Meu dia foi pro ralo!'

Continuou a andar, toda infantilizada da surpresa. Tentou cortar a ligação entre o que sentira e as baratas.
'Eu não merecia uma barata jogada na minha cara.'
Sophia achava que o amor era uma soma de compreensões, quando amar verdadeiramente era somar incompreensões. Ela quer amar o que amaria e não o que é.

soluções de Clarice: aceitar esta natureza que quer a morte das baratas: como amar o mundo se não pode amar o tamanho de sua natureza?

Sophia se acha de amor inocente só porque conteve seus crimes.