Sophia precisava que dissessem tudo com brutalidade: era teimosa. Teve carinho na infância, pensava que amar era fácil.
Não queria ter filhos.
No caminho pra casa olhou distraída a vida. Sentia-se livre e satisfeita com tudo o que via.
Topou com uma barata, uma não, muitas! Seu medo de baratas.
'Merda! Meu dia foi pro ralo!'
Continuou a andar, toda infantilizada da surpresa. Tentou cortar a ligação entre o que sentira e as baratas.
'Eu não merecia uma barata jogada na minha cara.'
Sophia achava que o amor era uma soma de compreensões, quando amar verdadeiramente era somar incompreensões. Ela quer amar o que amaria e não o que é.
soluções de Clarice: aceitar esta natureza que quer a morte das baratas: como amar o mundo se não pode amar o tamanho de sua natureza?
Sophia se acha de amor inocente só porque conteve seus crimes.
sexta-feira, 6 de março de 2009
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